desestigmatizar o vitiligo
Vitiligo é uma doença autoimune, que afeta cerca de 1% da população mundial, independentemente do sexo, tipo de pele, raça ou etnia, onde o sistema imunitário ataca os melanócitos (células de pigmento que produzem a cor da pele). Qualquer pessoa, em qualquer idade, pode desenvolver esta doença que afeta a pele com falta de pigmentação em várias zonas do corpo e couro cabeludo. Não causa dor, nem qualquer tipo de reação como descamação, comichão ou contágio, mas revela-se extremamente sensível à exposição solar, com maior facilidade para a insolação.
Não existe muita investigação nesta área, quer no entendimento da doença, quer no desenvolvimento de novos tratamentos. Por sua vez, não existe uma cura conhecida, embora existam vários tratamentos para de redução das zonas afetadas – cremes tropicais, terapia de luz (fototerapia), acupuntura e outras medicinas alternativas. Quanto à sua origem, supõe-se que poderá derivar de alterações hormonais, genética (hereditário) disfunções endócrinas, queimaduras solares, exposições químicas, sistema nervoso (stress psicológico) e trauma físico de pele.
Estudos incidem sobre o facto dos pacientes com vitiligo se sentirem afetados psicologicamente pela questão da aparência e preconceito de terceiros.
Nesse sentido estima-se que a qualidade de vida destas pessoas possa sofrer impactos ou comorbidades psicossociais como depressão, ansiedade, problemas de confiança e adaptação, estigmatização, distúrbios do sono, alexitimia, disfunção sexual e desigualdade laboral. Estes problemas dependem de fatores como a gravidade do vitiligo, a idade dos pacientes e a existência de outras patologias associadas, mas com um significativo impacto na saúde mental.
Locais onde existe mais desinformação sobre esta doença torna o comportamento social mais negativo em relação aos pacientes. Estima-se que mais de metade da população acredite que o vitiligo é contagioso, resultando em juízos de valor como pessoas que evitariam apertar a mão de um paciente ou alguém que não teria uma relação com uma pessoa que tenha vitiligo.
No que concerne à aparência, existe ainda uma percentagem de pessoas que considera que pessoas com esta doença não devem ter trabalhos como atendimento ao público.
O objetivo desta ação é sensibilizar a população para uma doença que, quando reconhecida, minimiza a estigmatização e a percentagem de preconceitos malformados. Nas imagens, ocupando os locais afetados por uma representação de transparência gráfica, é possível reconhecer a diferença dos diferentes pigmentos de pele, com efeito na sua normalização.